A idéia de um gato vivo e morto simultaneamente é, naturalmente, absurda. Mas o cientista austríaco
Erwin Schrödinger conseguiu enxergar lógica até no absurdo e elaborou, na década de 1930, uma
experiência imaginária para explicar que os átomos podiam existir em dois estados ao mesmo tempo.
Sua experiência era, aparentemente, simples: um gato preso em uma caixa contendo um recipiente fechado e dentro deste uma substância que libera um veneno mortal. Tal recipiente poderia ser facilmente quebrado a partir de um estímulo externo, o que levaria o gato a entrar em contato com o veneno. O dispositivo seria acionado a partir de um isótopo radioativo decaído. Caso não houvesse decaimento, o dispositivo não seria acionado e o gato não entraria em contato com o veneno, permanecendo vivo.
De acordo com Schrödinger, este é um sistema quântico onde o gato está vivo e morto
simultaneamente em função do decaimento ou não do isótopo radioativo naquele instante. Confuso?
Insano? Bem, a ideia parece confusa e insana para a maioria das pessoas, inclusive, grandes físicos, mas
é, de fato, um reflexo da mente obstinada e não conformista de um homem que se tornou um dos
cientistas que mais contribuíram para o desenvolvimento da mecânica quântica e marcou de forma
substancial a física do século XX.
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