
Milgram recrutou 40 voluntários masculinos para operarem uma máquina que produzia choques numa escala de 15 volts a 450 volts em um outro voluntário (na verdade, um ator contratado). Eles foram informados de que receberiam o pagamento independentemente do que fizessem, mesmo que desistissem e fossem embora. A experiência era: um por vez controlaria uma máquina de eletrochoque e ela deveria ser acionada, em intensidades progressivas, cada vez que o voluntário, sentado em uma cadeira numa outra sala, errasse uma pergunta feita pelo "experimentador". Gravações de gritos e reações ao choque em diferentes intensidades eram acionadas cada vez que o voluntário aumentava o nível da punição. Frente à reação dos voluntários ao ouvirem os gritos cada vez mais assustadores, o experimentador insistia para que a pessoa continuasse com o experimento.
Antes da experiência conduzida por Milgram acreditava-se que apenas de 1% a 3% das pessoas - que seriam psicóticas ou portadoras de alguma patologia - obedeceriam cegamente as ordens de machucar continuamente alguém até levá-lo à morte. O experimento mostrou que na verdade 65% das pessoas fizeram isso. O tipo de experimento de Milgram provocou inúmeras polêmicas e por questões éticas nunca mais pode ser repetido. Além de nos atormentar sobre o quanto podemos ser maus, Migram também desenvolveu uma maluca ideia sobre os seis graus de separação, ou a teoria do mundo pequeno.
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