quinta-feira, 22 de março de 2012

Livro: Pontes para o Infinito, de Micheal Guillen

    Olá Doidinhos, acabei de ler esto ótimo livro e vou escrever um pouco sobre ele. O autor, Michael Guillen é o mesmo autor do livro Cinco equações que mudaram o Mundo, do qual já fiz um post aqui. E parte da intradução do livro escrevi em outro post Como Euler provou a Existência de Deus(se não viu ainda veja!), onde o autor aborda o medo da matemática e ilustra um exemplo típico das relações entre matemáticos e nao matemáticos em nossa sociedade (que na realidade não existe mesmo). O silência de Diderot mostra bem a reação da maior parte das pessoas perante a matemática, incluindo pessoas tão inteligentes como Diderot, é o sintoma primário do velho medo da matemática.
     O medo da matemática é, não um, maso conjunto de vários males, cada um dos quais proveniente de determinada idéia errada acerca da matemática. Primeiramente esse medo deriva do desconhecimento dos limites da mesma. Sem dúvida Diderot ficou atrapalhado porque ignorava que a matemática ainda não se tinha lançado sequer na abordagem dos problemas do infinito, quanto mais dos de Deus. Foi só nos finais do século XIX que o matemático alemão Georg Cantor formulou os métodos que nos permitem ver a natureza do infinito e do que está por detrás dele. Além de ser uma grande proeza, foi um elo duma cadeia de acontecimento que revelou aos matemáticos algumas das deficiências inerentes à matéria de sua especialidade, já que até então acreditavam na capacidade infalível e ilimitada da matemática
     As imperfeições e deficiências serviram para evidênciar atributos humanos da matemática, revelando as fraquezas, persistência e otimismo com que os matemáticos lutam. Foi nesta época que o autor resolveu dividir o livro, escrito em 3 partes. A primeira parte chama-se Fantasiando, trata-se do período anterior a essa descoberta e fala de matérias elaboradas quando ainda se  acreditava na infabilidade da matemática Alguns dos assuntos abordados são lógica, demonstração, continuidade, dimensão, grupos e outros. A segunda parte, chamada de Compromisso, inclui um par de ensaios em que de discutem os dois mais destacados incidentes que mudaram a imagem até então existente da matemática, que são a descoberta da geometria não euclidiana e o teorema de Kurt Gödel (esse cara merece um post só dele em breve). Finalmente, a terceira parte, que fala do período após essa revelação, aborda diversos tópicos formulados em grande parte no século XX, com os matemáticos mais cientes das fraquezas de sua arte, falando de probabilidade, estatística, jogos de 2 ou mais adversários, topologia, catástrofes e muito mais.
     Apesar do escritor conseguir escrever em uma linguagem mais acessível, falar sobre o infinito não é uma tarefa fácil, muitas vezes tendo a recorrer a alguns recursos e e temas mais complicados. Apesar disto, é um ótimo livro e recomendo a quem se interesse pelo tema.

     abraçassos a todos

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