sábado, 1 de outubro de 2011

Gigante da Ciência: Nicolau Copérnico

Nicolau Copérnico (1473-1543)
     Nasceu em Thorn, na Polônia, em 19 de fevereiro de 1473. Nicolau Copérnico é considerado o fundador da Astronomia moderna e pai da teoria Héliocêntrica. Era filho de um próspero comerciante também chamado Nicolau e de Bárbara. Seu pai morre quando tinha somente 10 anos de idade, e Copérnico vai morar com o tio. Aos 19 anos ingressa na Universidade de Cracóvia, famosa na época pelos currículos de Astronomia, Matemática e Filosofia. Esteve na Itália, em várias universidades, onde manteve contato com os cientistas mais notáveis.
     A teoria do universo geocêntrico (ou antropocêntrico) é o modelo cosmológico mais antigo. Na Antiguidade era raro quem discordasse dessa visão. Entre os filósofos que defendiam esta teoria, o mais conhecido era Aristóteles. Foi o matemático e astrônomo grego Claudius Ptolomeu (83-161 d.C.) quem, na sua obra "Almagesto", deu a forma final a esta teoria, que se baseia na hipótese de que a Terra estaria parada no centro do Universo com os corpos celestes, inclusive o Sol, girando ao seu redor. Essa era a teoria vigente na época de Copérnico mas haviam outras teorias, como a geo-heliocêntrica de Tycho Brahe (onde a terra fica parada no centro do sistema solar, o sol girando em volta da terra e os demais planetas girando em torno do sol) e a própria teoria heliocêntrica já tinha sido criada por Aristarco de Samos (310 - 320 a.C.).
     Copérnico costumava trabalhar sozinho, observando o céu a olho nu (a luneta astronômica só seria inventada um século mais tarde). Em 1530, já se dedicando inteiramente a Astronomia, termina sua grande obra, De revolutionibus orbium coelestium (Sobre as revoluções das esferas celestes), onde afirma que a Terra gira em torno de seu próprio eixo uma vez por dia e viaja ao redor do Sol uma vez por ano. De revolutionibus orbium coelestium foi publicada somente 30 anos após ser escrita, no ano da morte do próprio Copérnico, que nunca tomou conhecimento da grande controvérsia que havia ajudado a criar. Conta a história que ele faleceu uma hora depois de por as mãos no primeiro exemplar de seu livro, em 24 de maio de 1543.
      No tempo de Copérnico, papas, imperadores e o povo em geral tinham como certo que a Terra estava absolutamente parada no centro do Universo, e ao nosso redor desfilavam todos os corpos celestes. Também não eram poucos os que acreditavam que a Terra era chata. E desafiar tais crenças poderia ser considerado heresia. O movimento da Terra era negado pelos partidários de Aristóteles e Ptolomeu. Eles tinham que, caso a Terra se movesse, as nuvens, os pássaros no ar ou os objetos em queda livre seriam deixados para trás. Galileu combateu essa ideia, afirmando que, se uma pedra fosse abandonada do alto do mastro de um navio, um observador a bordo sempre a veria cair em linha reta, na vertical. E, baseado nisso, nunca poderia dizer se a embarcação estava em movimento ou não. Caso o barco se movesse um observador a margem veria a pedra descrever uma curva descendente – porque, enquanto cai, ela acompanha o deslocamento horizontal do navio. Tanto um observador quanto o outro constataria que a pedra chega ao convés exatamente no mesmo lugar: O pé do mastro. Pois ela não é deixada para trás quando o barco se desloca. Da mesma forma, se fosse abandonada do alto de uma torre, a pedra cairia sempre ao pé da mesma – quer a Terra se mova ou não.
     O sistema de Copérnico, embora revolucionário para a época, também sofria sérias imperfeições. Uma delas era supor as órbitas dos planetas rigorosamente circulares.  Mas, seus dados foram corrigidos pelas observações de Tycho Brahe. Com base nelas e em seus próprios cálculos, Johannes Kepler reformou radicalmente o modelo copernicano e chegou a uma descrição realista do sistema solar (com órbitas elípticas). Sem dúvida, seu grande mérito foi a defesa e desenvolvimento do heliocêntrismo durante boa parte da vida. Ele também explicou a origem dos equinócios corretamente, através da vagarosa mudança da posição do eixo rotacional da Terra. Ele também deu uma clara explicação da causa das estações: O eixo de rotação da terra não é perpendicular ao plano de sua órbita. 
     Da sua publicação, até aproximadamente 1700, poucos astrônomos foram convencidos pelo sistema de Copérnico, apesar da grande circulação de seu livro (aproximadamente 500 cópias da primeira e segunda edições, o que é uma quantidade grande para os padrões científicos da época). Entretanto, muitos astrônomos aceitaram partes de sua teoria, e seu modelo influenciou muitos cientistas renomados que viriam a fazer parte da história, como Galileu, Kepler (que conseguiram assimilar a teoria e melhorá-la), Newton e mais recentemente Albert Einstein.. As observações de Galileu das fases de Vênus produziram a primeira evidência observacional da teoria de Copérnico. Além disso, as observações de Galileu das luas de Júpiter provaram que o sistema solar contém corpos que não orbitavam a Terra.

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